16 de janeiro de 2020
Se Mestre Gildo Alfinete estivesse entre nos, hoje ele estaria completando 80 anos, VIVA AO MESTRE GILDO ALFINETE.
Angoleiro, sim senhor!
Universo Capoeira, 1999?
Fátima Elyote
Mestre Gildo Alfinete fala da sua paixão pela Capoeira Angola e da convivência com Mestre Pastinha.
Discípulo de Mestre Pastinha, Gildo Lemos Couto (Mestre Gildo Alfinete) vem ensinando a arte da Capoeira Angola há 40 anos em Salvador, na Bahia. Nascido em 16 de janeiro de 1940, entrou para a capoeira por intermédio do amigo Dr. Comenerio porque "precisava aprender uma defesa pessoal", diz o mestre, que completa: "Quando menino, entre 13 e 15 anos, comecei a ver a figura do berimbau enfeitado, o pessoal das Docas jogando e aquilo me encantava, me deixava feliz". Depois que o amigo o levou à academia de Mestre Pastinha, em 1959, ele não parou mais. "Daí vim sempre lutando pelo CECA (Centro Esportivo de Capoeira Angola). Nesta época, Bimba já tinha seu espaço no Terreiro, Pelourinho, e Pastinha no Largo do Pelourinho".
Dos treinos com Mestre Pastinha ficou a filosofia que até hoje Mestre Gildo faz questão de passar adiante. "Nos treinos ele dizia sempre que o principal era a ginga, se você não tivesse boa ginga e malícia, você não seria um bom capoeirista, o resto você aprendia na roda. Tenho muito orgulho de ter sido aluno de Mestre Pastinha, tudo que sou na capoeira hoje devo a ele e o que faço pela capoeira é a retribuição do que ele fez comigo."
Mas sua entrada nesta arte não foi tranquila. "Meu pai não aprovou. Sofri muita discriminação, porém superei. No meu tempo eram várias opiniões e ainda hoje a capoeira continua sendo marginalizada", adverte. Mas está contente. "A capoeira está globalizada e estou feliz por esta condição de estar inserido na história da Capoeira Angola.
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