Hoje 70 anos
VIDA LONGA AO MESTRE MORAES
Pedro Moraes Trindade, conhecido como Mestre Moraes, famoso difusor da capoeira de Angola, nasceu na Ilha da Maré, em 9 de fevereiro de 1950. Seu pai, também capoeirista, era -- de igual modo, adepto da capoeira de Angola.
Moraes começou a praticar a capoeira quando tinha oito anos, ocasião em que freqüentou a academia de Mestre Pastinha que já estava cego e não dava mais aula. Nessa altura da vida Mestre Pastinha passou o comando de sua academia para os alunos João Grande e João Pequeno.
Desde a mocidade, Mestre Moraes foi um apaixonado pela capoeira de Angola. “Eu nasci com a missão de aprender e ensinar a capoeira de Angola”, afirma ele. O estilo de Angola era praticado pelos escravos africanos como meio de defesa contra os maus tratos dos colonizadores. Era ensinado aos mais novos pelos escravos mais velhos, e assim passou de geração a geração, até a década de trinta do século passado. Sobreviveu, apesar da perseguição sofrida pelos seguidores. Na Guerra do Paraguai, por exemplo, foram enviados para o campo de batalha para serem exterminados. Nos anos trinta, Mestre Bimba criou um novo estilo de capoeira mais ao gosto da classe dominante. A primeira apresentação dessa nova capoeira, chamada regional, foi em palácio, para o Presidente Getúlio Vargas. A capoeira de Angola tem como principais defensores, Mestre Pastinha e seus discípulos, João Pequeno e João Grande. É praticada por artesões e proletários: sapateiros, pedreiros, estivadores, açougueiros, porteiros e estivadores.
Em 1970, Mestre Moraes mudou-se para o Rio de Janeiro de onde voltou após a morte de Pastinha, treze anos depois. De regresso a Salvador, fundou o Grupo de Capoeira Angola Pelourinho (GCAP), com o objetivo de transmitir e preservar os ensinamentos que recebeu de seus mestres.
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