domingo, 9 de fevereiro de 2020

Vida longa ao Mestre Moraes

Hoje 70 anos VIDA LONGA AO MESTRE MORAES Pedro Moraes Trindade, conhecido como Mestre Moraes, famoso difusor da capoeira de Angola, nasceu na Ilha da Maré, em 9 de fevereiro de 1950. Seu pai, também capoeirista, era -- de igual modo, adepto da capoeira de Angola. Moraes começou a praticar a capoeira quando tinha oito anos, ocasião em que freqüentou a academia de Mestre Pastinha que já estava cego e não dava mais aula. Nessa altura da vida Mestre Pastinha passou o comando de sua academia para os alunos João Grande e João Pequeno. Desde a mocidade, Mestre Moraes foi um apaixonado pela capoeira de Angola. “Eu nasci com a missão de aprender e ensinar a capoeira de Angola”, afirma ele. O estilo de Angola era praticado pelos escravos africanos como meio de defesa contra os maus tratos dos colonizadores. Era ensinado aos mais novos pelos escravos mais velhos, e assim passou de geração a geração, até a década de trinta do século passado. Sobreviveu, apesar da perseguição sofrida pelos seguidores. Na Guerra do Paraguai, por exemplo, foram enviados para o campo de batalha para serem exterminados. Nos anos trinta, Mestre Bimba criou um novo estilo de capoeira mais ao gosto da classe dominante. A primeira apresentação dessa nova capoeira, chamada regional, foi em palácio, para o Presidente Getúlio Vargas. A capoeira de Angola tem como principais defensores, Mestre Pastinha e seus discípulos, João Pequeno e João Grande. É praticada por artesões e proletários: sapateiros, pedreiros, estivadores, açougueiros, porteiros e estivadores. Em 1970, Mestre Moraes mudou-se para o Rio de Janeiro de onde voltou após a morte de Pastinha, treze anos depois. De regresso a Salvador, fundou o Grupo de Capoeira Angola Pelourinho (GCAP), com o objetivo de transmitir e preservar os ensinamentos que recebeu de seus mestres.


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