Em 5 de abril de 1889, na Rua do Tijolo, nasceu o maior capoeirista da Bahia, e dois meses depois era levado à pia batismal para receber o nome de Vicente. Vicente Ferreira Pastiña, que seu pai era de origem espanhola.
Menino levado dos diabos, aos fez anos começou a apanhar. Apanhava do menino Honorato, tôda vez que ia ao armazém. Foi ái que Benedito, velho africano, vendo Vicente apanhar de Honorato, perguntou se queria aprender a lutar capoeira. Quis. E diàriamente passou a demonstrar-se na casa do velho; aprendendo, até que um dia Benedito lhe disse: „Hoje você vai ao armazém e deixe que o Honorato lhe provoque“. Foi o caso que Honorato apanhou que foi uma beleza, êle todo franzino dando num menino mais forte.
– Naquela noite – conta Pastinha –, o pai de Honorato foi lá em sua casa dar queixa com o filho pela mão. O velho Pastinha limitou-se a dizer: „Eu já sabia das surras que seu filho dava no meu. Soube que Vicente estava aprendendo capoeira e gostei. O que posso fazer é mandar que o senhor mande seu filho aprender capoeira também.“
– O pai de Honorato não acreditou e quis me ver. Meu pai mandou me chamar. O pai de Honorato me viu muito franzino, pediu licença ao meu velho, queria ver uma demonstração. Dei um rabo-de-arraia tão forte, que Honorato foi ao chão, sem sentidos. Os dois velhos ficaram amigos e nunca mais eu e Honorato brigamos.
(Em comemoração aos 133 anos do nascimento de Mestre Pastinha, iremos a cada dia até dia 05 de abril, trazer uma história, um fato, uma curiosidade sobre o saudoso Mestre Pastinha.
Nesse história de hoje vamos trazer o momento do reencontro do menino Pastinha e seu "rival" Honorato. Se liga na história.)
Iê viva Mestre Pastinha
Materia: O Globo. Rio de Janeiro, 12 dezembro de 1966
Arcevo: Espaço de leitura árvore do saber
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