Entendendo a importância do movimento sigo sempre sendo, assim como o mundo dá a volta no seu tempo o/a angoleiro/a deve seguir no seu tempo o ritmo da capoeira angola. Essa cultura afro-brasileira tem sua dialética própria, ao mesmo tempo que mantém uma tradição diásporica, por tanto, africana, critica e supera os traços coloniais que foram (são?) forçadamente nela impregnada.
A capoeira angola antes de tudo é uma luta e como dizia mestre Pastinha "uma luta perigosíssima". Um/a iniciante que adentrar nesta cultura que é também uma arte deve ser educado para desenvolver o olhar antropológico. Para que este possa melhor compreender o universo no qual se está inserindo e decodificar a máxima que diz "devagar também é pressa".
O mestre Raimundo Dias sabiamente expressou que "para se praticar capoeira angola precisa de ter paciência". São muitas linguagens, códigos, perguntas e respostas para se aprender em pouco tempo. Se faz necessário tempo, voltas ao mundo, gingas, mãos no chão, negativas, positivas, manhas, malícias, mandingas e suor para um concreto aprendizado. E mesmo com todas as voltas ao mundo que a vida nos oportunizar ainda não serão suficientes para se chegar ao seu infinito.
Bezerra da silva, o poeta angoleiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário